Eu, Também, Quero Ser Perdoado!
Durante
a Jornada Mundial da Juventude, promovida pela Igreja Católica na cidade do Rio
de Janeiro, além da programação bastante animada, testemunho, vigília, preces,
mensagens e louvores, houve, também, a promoção do “perdão pleno” e a
oportunidade aos jovens e demais participantes de praticarem a confissão dos
seus pecados.
Foram
espalhados pelo local de reuniões e arredores centenas de confessionários,
feitos especialmente para a ocasião; neles, os católicos puderam – de forma
geral – aproximar-se de um dos padres ou demais líderes religiosos da Igreja
Católica, autorizados e comissionados pela ICAR para a ocasião, e exporem toda
a vida pregressa, mesmo os “pecados mais terríveis”, verdadeiramente
“hediondos”, e de lá saírem com a “alma lavada”. Teve um grupo seleto
(incluindo três jovens brasileiros) que, segundo descrito, foi premiado: Eles
puderam fazer a confissão diretamente ao Papa Francisco.
Vi
o testemunho de um destes jovens e, para quem está acostumado a ver diariamente
os jovens drogados, matando, roubando, saqueando (e não estou aqui falando das
manifestações) e se prostituindo, era emocionando ver a alegria estampada
naquele rosto juvenil ao dizer que havia sido “perdoado pelo próprio papa”.
Sim,
é deveras bonito e comovente! Mas, como pastor e teólogo, ao me deparar com tal
fato, e até uma histeria em torno dele, a pergunta que me veio à mente foi
esta: É eficaz (produz algum efeito) tal perdão? É correto? É
bíblico? É lícito um ser humano (ainda que seja um sacerdote ou o próprio papa)
perdoar outro ser humano? Será que Deus “terceirizou” o Seu perdão aos
pecadores? Vejamos o que a Bíblia tem a dizer a este respeito:
Todos carentes de perdão
A
primeira coisa que a Bíblia tem a dizer sobre o assunto é que TODOS seres
humanos, habitantes deste planeta (incluindo pastores, bispos, padres,
presbíteros; até o papa) pecaram e, portanto, estão
carentes de perdão e justiça, santidade e/ou retidão divina.
A
Bíblia nos revela que todos são pecadores perdidos. "Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus', disse
Paulo [Rom 3:23] Mas notem o que disse o profeta Isaías: 'Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapos
da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas
iniqüidades, como um vento nos arrebatam” (Isaías 64:6). Leia, também, o que
disse o profeta Jeremias: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e
desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”
(Jeremias 17:9).
Sabendo
disso e reconhecendo a sua situação desesperadora como pecador e naturalmente
sujeito à corrupção do pecado, deve escreveu num dos seus salmos: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe”
(Salmo 51:5).
O
que Davi enfatiza, deixa claro e patente é isto: Eu nasci pecador! Todos nós
nascemos imersos no lodaçal do pecado, até o último fio de cabelo: “Portanto,
assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte,
assim também a morte passou a todos os homens, porque todos
pecaram” (Romanos 5:12).
“Algumas
pessoas não gostam da palavra pecado.
Crêem que isso é para os outros, mas não para elas. Porém, todos reconhecemos
que a raça humana está enferma, e qualquer que seja a enfermidade, ela afetou
toda a existência. O que é isto que chamamos pecado? A confissão de Westminster
define-o como "Qualquer falha de uma conformação do homem à lei de Deus,
ou a transgressão da mesma." Pecado é qualquer atitude contrária à vontade
de Deus”. [1]
“Após
a consciência ou reconhecimento de nossa insuficiência, vem a compreensão da
razão de nossa insuficiência – o pecado. Como indivíduos, não podemos controlar
o fato do pecado no universo; mas, como criaturas livres e que podem escolher,
somos responsáveis pela presença do pecado em nossa vida. Porque "todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:23), todos agora
precisam de chorar o fato do pecado em sua vida.” [2]
Há Perdão para todos!
Como
TODOS pecaram, TODOS os seres humanos (incluindo
pastores, bispos, padres, presbíteros; até o papa), mortais e pecadores, carecemos de perdão. O
maravilhoso, nisso tudo, é que ele está plenamente disponível a todo pecador
que se reconheça como tal.
Conta-se
que
Lady Hamilton muitas vezes visitava as prisões a fim de animar e
ajudar os reclusos. Um dia ela encontrou um homem que estava completamente
arrasado, cheio de pessimismo e sinistros pensamentos. Ela procurou consolá-lo,
mas ele respondeu:
–Sou
um grande pecador.
–Louvado
seja Deus – a Lady respondeu.
Então
o prisioneiro acrescentou:
–Sou
o mais ímpio de todos os pecadores.
–Louvado
seja o Senhor – disse outra vez Lady Hamilton.
Não
compreendendo o que ela queria dizer, o prisioneiro disse:
–Por
que diz a senhora assim, visto que professa ser cristã?
Então
ela tomou a Bíblia e calmamente leu para ele: I Timóteo 1:15: “Fiel é a palavra e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao
mundo para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” Então, o
prisioneiro entendeu e aceitou a mensagem, e foi salvo. Devemos
saber e reconhecer que estamos perdidos. [3]
Só há uma Fonte de Perdão!
Existem
três particularidades que precisamos saber a respeito da confissão. A primeira
coisa é que a palavra "confessar" significa, no idioma grego original
"concordar com." Se eu concordar com Deus acerca de minha
imoralidade, furto, desonestidade ou qualquer outro pecado, dizendo-Lhe:
"Senhor, sei que isso é um pecado", então estarei fazendo uma
confissão. A segunda coisa consiste em saber que Cristo pagou a pena pelos
nossos pecados, vertendo o Seu sangue na cruz. E a terceira, é que devo
arrepender-me, o que envolve a mudança de atitude para com tal pecado. Isso,
por sua vez, resulta em uma mudança em minhas ações. E quando assim fazemos,
temos a promessa de que, se confessarmos, Deus nos perdoará, e também nos
purificará de toda a injustiça. [4]
Para
a obtenção do perdão, se fazem necessários dois elementos: Arrependimento e
confissão: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia”
(Provérbios 28:13).
A
Bíblia ao mesmo tempo que nos mostra que “o pecado é o opróbrio (vergonha)
dos povos” (Provérbios 14:34), ressalta que a glória de Deus é
perdoar os penitentes e arrependidos pecadores: “Deixe o perverso o seu
caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que Se
compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque
é rico em perdoar” (Isaías 55:7). “Se observares, Senhor,
iniqüidades, quem, Senhor, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que Te temam”
(Salmo 130:3-4).
Se
a glória de Deus é perdoar, vejam o que Ele mesmo diz concernente à Sua glória:
“Eu sou o Senhor, este é o Meu nome; a Minha glória, pois, não a
darei a outrem, nem a Minha honra, às imagens de escultura”
(Isaías 42:8). “Por amor de Mim, por amor de Mim, é que faço isto; porque como
seria profanado o Meu nome? A minha glória, não a dou a
outrem” (Isaías 48:11).
Os
dois textos escancaram a seguinte verdade: A glória divina é inerente (faz
parte do próprio Deus, está ligada essencialmente a Ele) e intransferível (Deus
não concede este atributo ou prerrogativa a ninguém, fora da Trindade Divina). É por isso que, no contexto dos primeiros versos, Deus repudia
enfaticamente TODA MEDIAÇÃO proposta e promovida por meia das imagens de
esculturas! O Senhor expõe toda a Sua glória e grandeza inigualáveis (mais do
que isso: Incomparáveis), num duelo retórico com os “deuses”, ídolos humanos,
imagens de esculturas, seus artífices e todos os seus adoradores:
“Apresentai
a vossa demanda, diz o Senhor; trazei as vossas firmes razões, diz o Rei de
Jacó. Tragam e anunciem-nos as coisas que hão de acontecer; anunciai-nos as
coisas passadas, para que atentemos para elas, e saibamos o fim delas; ou
fazei-nos ouvir as coisas futuras. Anunciai-nos as coisas que ainda hão de vir,
para que saibamos que sois deuses; ou fazei bem, ou fazei mal, para que nos
assombremos, e juntamente o vejamos. Eis que sois menos do que nada e
a vossa obra é menos do que nada; abominação é quem vos escolhe. [...]E
quando olhei, não havia ninguém; nem mesmo entre estes, conselheiro algum havia
a quem perguntasse ou que me respondesse palavra. Eis que todos são
vaidade; as suas obras não são coisa alguma; as suas imagens de
fundição são vento e confusão” (Isaías 41:21-9).
Mediação
e perdão, unicamente através de Cristo! A Bíblia é clara e taxativa a este
respeito: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do
Céu não existe outro nome, dado entre os homens, pelo qual
importa que sejamos salvos” (Atos 4:12). “Porquanto há um
só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem”
(I Timóteo 2:5). “Respondeu-lhe Jesus:
Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim”
(João 14:6).
Por
favor, considerem atentamente os seguintes textos: 1) “[...] e seja revelado o homem da iniqüidade, o
filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou
é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus,
ostentando-se como se fosse o próprio Deus” (II Tessalonicenses
2:3-4).
2)
"Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade
para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmias contra Deus..."
(Apoc. 13.5-6). Para
identificar este poder que diz "blasfêmias" contra o próprio Deus, é
preciso, antes, saber o que significa a palavra "blasfêmia" no texto
bíblico, no contexto em que a Bíblia foi escrita:
3)
"Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Homem, estão perdoados os
teus pecados. E os escribas e fariseus arrazoavam, dizendo: Quem é este que diz blasfêmias? Quem
pode perdoar pecados, senão Deus?" (Lucas 5.20-21).
4)
“Eu e o Pai somos um. Os judeus pegaram então outra vez em pedras para o
apedrejar. Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes
de meu Pai; por qual destas obras me apedrejais? Os judeus responderam,
dizendo-lhe: Não te
apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia; porque, sendo tu
homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:30-33).
Biblicamente
falando, então, o que significa a palavra “blasfêmia”?
Como vimos claramente nos dois relatos de episódios do Ministério de Jesus,
blasfêmia significa: a) Um homem (ser humano) pretender ser Deus e/ou
“ostentar-se como Deus”: por exemplo, recebendo adoração (Atos 10:25-26; Apocalipse
22:8-9); b) Blasfêmia
é um homem (um mortal, reles pecador como todos os demais: Romanos 3:23; Salmo
51:5) pretender perdoar pecados de outro ser humano.
É interessante ainda destacar a ênfase bíblico ao
caráter de “usurpador” deste poder; para maior compreensão, veja os
significados do verbo “usurpar”:
1. Apoderar-se com violência ou fraude do que pertence a outrem. 2. Possuir sem direito.
3. Apropriar-se
desonestamente de algo. 4. Exercer de maneira indevida. 5. Adquirir
utilizando procedimento fraudulento. 6. Conseguir algo sem merecimento. 7. Obter ilegalmente. [5]
Aqui está a essência do “mistério da iniqüidade” (II
Tessalonicenses 2:7): “Como caíste desde o céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como
foste cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu
subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da
congregação me assentarei, aos lados do norte.
Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo.
E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” (Isaías
14:12-15). O mistério da iniqüidade (pecado) se materializa no ato de uma
criatura (Lúcifer) querer receber o mesmo louvor, honras e adoração do Criador
(Deus). Só para lembrar, Lúcifer (depois transformado em Satanás) sempre buscou
isso, sempre almejou esta prerrogativa inerente e intransferível da Divindade: “Levou-O ainda o Diabo a um
monte muito alto, mostrou-lhe os reinos do mundo e a glória deles e lhe
disse: Tudo isto Te darei se, prostrado, me adorares”
(Mateus 4:8-9).
Não é à toa que este poder (a “ponta pequena”, o “homem do pecado”, “a besta
que emerge do mar”, etc.) é plenamente apoiado e respaldado em sua atuação e
propósitos pelo “dragão” (ver: Apocalipse 12:7-17); ou seja, da mesma forma que
um pai se vê realizado, em seus sonhos e planos, na realização do seu filho, o
“dragão” (Satanás) se vê realizado em seus propósitos malignos e escusos,
através deste poder: “... e
adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também
adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode
pelejar contra ela?” (Apocalipse 13:4).
Este poder político/religioso que, como estava
profetizado, viria dominar o mundo, granjeando o respeito e admiração de todos
os governantes mundiais (Apocalipse 13:1), pouco antes da Volta de Jesus, tenta ser o que não é; ostenta
um poder ou prerrogativa que não possui (e que jamais foi ou será dado a
qualquer ser humano: um reles mortal); ele recebe honras que não merece. Em
suma, oferece às pessoas (pobres e perdidos pecadores) aquilo que não possui:
Perdão dos pecados!
A Bíblia deixa patente, perdão (a prerrogativa de
perdoar pecados), tanto quanto receber honras, glórias humanas e adoração (Êxodo
20:3-5), pertence unicamente a Deus: “Então, Jesus lhe ordenou: Retira-te,
Satanás, porque está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás, e só a Ele darás culto” (Mateus
4:10-11).
Portanto, afirma a Bíblia: “Se dissermos que não
temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos
pecados [A confissão é imprescindível!
Mas, confessar a quem? Receber perdão de quem?], Ele [Jesus Cristo] é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça” (I João 1:8-9). Para não ficar nenhuma
dúvida na cabeça dos leitores, leiam com bastante atenção estes textos:
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos
Advogado [A Virgem Maria, não é? Como
está no gênero masculino: São os santos? Pronto, já que está restrito a um
apenas, está no singular: “Advogado”: É o Papa Francisco, unicamente ele?
Embora tenhamos dois “papas” vivos, é ele que está “escalado” no momento para
“perdoar pecados”! Leia o restante do texto com oração, meu querido amigo padre
ou fiel católico:] junto ao Pai*, Jesus Cristo, o Justo; e Ele [novamente, podem ser aplicadas todas as perguntas
anteriores:] é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos
nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (I João 2:1-2).
Acho, também, muito esclarecedor este texto do
profeta Daniel: “A ti, ó Senhor, pertence a justiça, mas a nós a confusão de
rosto, como hoje se vê; aos homens de Judá, e aos moradores de Jerusalém, e a
todo o Israel, aos de perto e aos de longe, em todas as terras por onde os tens
lançado, por causa das suas rebeliões que cometeram contra ti. Ó Senhor, a nós pertence a
confusão de rosto, aos nossos reis, aos nossos príncipes, e a nossos pais, porque
pecamos contra ti. Ao Senhor, nosso Deus, pertencem a
misericórdia, e o perdão; pois nos rebelamos contra Ele”
(Daniel 9:7-9).
O perdão pertence a Deus! É a
Sua glória que, conforme vimos, é inerente intransferível: “Eu sou o
Senhor, este é o Meu nome; a Minha glória, pois, não a
darei a outrem, nem a Minha honra, às imagens de escultura”
(Isaías 42:8). “Por amor de Mim, por amor de Mim, é que faço isto; porque como
seria profanado o Meu nome? A minha glória, não a dou a
outrem” (Isaías 48:11).
Conclusão
- O perdão do papa
começou a ser dado na Idade Média, Idade das Trevas; o Perdão de Jesus começou
a ser dado na criação deste planeta, quando as trevas do pecado
toldaram a glória divina (Romanos 3:23 e Gênesis 3:21).
- O perdão do papa
custa caro: pagar passagens e fazer sacrifícios tremendos (teve
peregrinos que vieram dos lugares mais difíceis e inóspitos do planeta: teve um
indivíduo, inclusive, que acabou morrendo num naufrágio, na tentativa de vir à
JMJ), ficar sem dormir, passar fome, fazer longas caminhadas pagando
“penitências”; o
perdão de Jesus é de graça: “Se quiserdes e me ouvirdes (basta
querer e aceitar), comereis o melhor desta terra” (Isaías 1:18). “O Espírito e
noiva (Igreja Verdadeira) dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da
vida” (Apocalipse 22:17). “Porque pela graça sois salvos,
mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para
que ninguém se glorie” (Efésios 2:8-9).
- O perdão do papa
está circunscrito a locais (você tem que ir até ele: no Vaticano, na
JMJ: Em Guaratiba, Copacabana, Aparecida, etc.); o perdão de Jesus jamais esteve circunscrito a
tempo ou lugar – você pode ir a Ele agora, neste momento, onde estiver e do
jeito que estiver: “Tendo, pois, a Jesus, o Filho de Deus, como
grande sumo sacerdote que penetrou os céus, conservemos firmes a nossa
confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa
compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi Ele tentado em todas
as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado [É aqui que Davi,
Apóstolo Paulo, Apóstolo Pedro, Virgem Maria, Martinho Lutero, João Paulo I,
Bento XVI, Francisco, eu, Silas Malafaia, Edir Macedo, R. R. Soares, todos os
demais pastores e pregadores, você, etc. Somos sumariamente reprovados na
função de atuar como mediadores ou conceder o perdão...]. Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao trono
da graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em
ocasião oportuna” (Hebreus 4:14-16).
“Vinde a mim todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo,
e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso
para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus
11:28-30). “Vinde então, e argüi-me, diz o Senhor: ainda que os
vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que
sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Isaías 1:18).
- O perdão do papa
foi “interrompido” durante um grande período, cumprindo as profecias
bíblicas (Apocalipse 13:3), quando o General Berthier, a mando de Napoleão
Bonaparte, aprisionou o Papa Pio VI (em 20 de fevereiro de 1798) –
retirando-lhe temporariamente o poder terrestre e todas suas pretensas
prerrogativas papais; o perdão de Jesus jamais foi ou será interrompido por obras
ou tentativas humanas: “Visto ser manifesto que nosso Senhor
procedeu de Judá, e concernente a essa tribo nunca Moisés falou de sacerdócio. E
muito mais manifesto é ainda, se à semelhança de Melquisedeque se levantar
outro sacerdote, que não foi feito segundo a lei do mandamento carnal, mas
segundo a virtude da vida incorruptível. Porque ele assim testifica: Tu és
sacerdote eternamente, Segundo a ordem de Melquisedeque. [...] Por isso, também pode salvar totalmente os que por Ele se chegam a
Deus, vivendo sempre para interceder por Eles. Porque nos convinha tal
sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores, e feito
mais sublime do que os céus; que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de
oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios
pecados, e depois pelos do povo; porque isto fez Ele, uma vez,
oferecendo-se a si mesmo. Porque a lei constitui sumos
sacerdotes a homens fracos, mas a palavra do juramento, que veio
depois da lei, constitui ao Filho, perfeito para sempre”
(Hebreus 7:14-28).
A
Bíblia deixa claro que o único que pode interromper a mediação divina e a
concessão do perdão é o próprio Jesus: “[...] Estas coisas diz o Santo, o
Verdadeiro, Aquele que tem a chave de Davi, que abre, e
ninguém fechará, e que fecha, e ninguém abrirá”
(Apocalipse 3:7).
- O perdão do papa
(seja Francisco, Benedito, João Paulo, etc.) vale tanto quanto uma nota de três
reais; o perdão de Jesus vale a salvação, vida eterna, é o nosso ingresso para
o Céu: “Eles, pois, o venceram por causa
do Sangue do Cordeiro e por causa da palavra do testemunho que
deram...” (Apocalipse 12:11). “Bem-aventurados aqueles que
lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o
direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”
(Apocalipse 22:14).
A
Bíblia ratifica o significado de “lavar as vestiduras no sangue do Cordeiro”: “[...]
e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de
todo pecado” (I João 1:7). Há vários séculos os profetas e
escritores bíblicos já haviam deixado claro que, quando se trata de limpar ou
purificar do pecado (perdão), o Sangue de Jesus é o único meio eficaz; trata-se
do Detergente Divino: “Pode, acaso, o etíope mudar a
sua pele ou o leopardo, as suas manchas? Então, poderíeis fazer o
bem, estando acostumados a fazer o mal” (Jeremias 13:23). "Pelo que ainda que te laves com salitre e amontoes potassa
(o sabão/detergente daquela época), continua a mácula da tua
iniqüidade perante mim, diz o Senhor Deus" (Jeremias 2:22).
Portanto, como lembra Alice Clay: “Nada neste mundo vil e em ruínas
ostenta a suave marca do Filho de Deus tanto quanto o perdão”.
Amigos
leitores, Analisem comigo: Se Paulo, o único ser humano que em sã consciência
pode colocar-se como “imitação de Cristo”, julgou-se “o principal dos
pecadores”, que dirá eu!? Sim. Eu, também, quero ser perdoado; mas, não pelo
falso “sumo pontífice”, e, sim, pelo verdadeiro: Jesus Cristo!
Pastor Elizeu C. Lira – pecador
confesso e penitente, porém agarrado à graça de Deus em Cristo Jesus, assim
como um náufrago se agarra a qualquer pedaço de madeira no mar revolto.
*
É interessante que o mesmo Pedro que sempre reconheceu que é Jesus “A Pedra”,
que jamais aceitou adoração ou se atreveu a perdoar pecados de quem quer que
seja, deixa claro em seu sermão no Pentecostes que TODAS AS DÁDIVAS DIVINAS,
TODAS AS BÊNÇÃOS, TODOS OS DONS, INCLUINDO O PERDÃO, CHEGAM A NÓS ATRAVÉS E POR
CAUSA DA MEDIAÇÃO E/OU POSIÇÃO QUE JESUS OCUPA À DESTRA OU DIREITA DE DEUS,
PAI: “A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do
Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis”
(Atos 2:32-33).
Referências
1. Billy Graham, Como Nascer de Novo, pág. 61.
2.
Billy Graham, O Segredo da Felicidade, pág. 28.
3.
Roberto Biagini: http://www.iasdemfoco.net/sermoesPag.asp?Id=68
4. Bill Bright, Promessas, Dia
138.
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