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O Dia Mais Difícil Fora de Casa

Quem trabalha rotineiramente viajando ou mesmo aqueles que têm de ficar períodos longos fora de casa (estudos, tratamentos de saúde, férias, etc.), sabe por experiência própria que o dia mais DIFÍCIL é o Sábado – especialmente na sua parte escura, logo após o por do Sol.

É o momento em que bate a saudade – aquela que dói no peito, lancinante como um punhal – do nosso querido lar; e não adianta você estar no Maksoud Plaza, no Waldorf Astoria, em Nova York, ou no Hotel “Pulga de Ouro” em Caracol-PA (sem nenhuma ofensa aos queridos e simpáticos irmãos Edvino e “Carro Velho”, que residem neste simpático local situado às margens da Cuiabá Santarém: Vejam as fotos...). A questão é simples: Dá no mesmo!!! É quando a gente sente que o melhor lugar do mundo (sem nenhum acinte ao corinho...) é mesmo a nossa casa, o nosso velho lar.

Nestes momentos saudosos e nostálgicos é que a gente entende, sente e avalia que a vontade de abraçar e beijar os queridos vale mais do que qualquer prêmio, bajulação de chefes, promoção, valor monetário, cargo, título acadêmico ou conquista pessoal. Bem, abrindo um parêntesis, aqueles que me conhecem e sabem o que eu faço e porque eu estava lá, poderiam retrucar dizendo: “Sim, você estava lá porque quis! Procurou ‘sarna’ pra se coçar...” Olha, já falei uma vez e repito, como alguém que ocupou uma função de destaque numa das maiores empresas do Brasil e mundo: “Tem coisas que a gente não faz por dinheiro nenhum do mundo!” Com certeza, esta é uma delas...

Bem, voltando à questão do momento mais difícil fora de casa, eu me lembro que numa das várias colportagens (para os não “iniciados” no jargão adventista: Venda de livros religiosos; neste caso, durante as férias e para pagar as mensalidades da faculdade de Teologia...), eu fui para as margens daquele imenso rio de Macapá (capital do Amapá) e, junto com um colega de curso e de infortúnios, cantamos e (confesso) choramos pelas saudades de casa e dos queridos.

Um hino especial demais que nós cantamos na ocasião diz em sua letra, na primeira estrofe:
“Almejo o lar, paterno lar amado; De meu Jesus ao peito estar; Bem longe andar do mundo e do pecado, No perenal e doce lar. Com sonhos mil eu comecei na lida, Um só, de todos resta em minha vida. Meu peito arde em forte desejar: Almejo o lar, almejo o lar” [Hino 336, do Hinário Adventista do Sétimo Dia].
Sem sombras de dúvidas, a referência aqui é ao nosso Lar Edênico – aquele do qual fomos tragicamente expulsos devido à transgressão dos nossos primeiros pais: “O Senhor Deus, por isso, o lançou fora do Jardim do Éden, a fim de lavrar a terra de que fora tomado. E, e expulso o homem, colocou querubins ao Oriente do Jardim do éden e o refulgir de uma espada que se revolvia, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gênesis 3:23-24).

É por isso que, desde então, nós caminhamos pelas estradas deste mundo sempre com saudades, anseios, vontades, desejos e gemidos inexprimíveis por algo que jamais o mundo poderá nos dar. Como lembra C. S. Lewis: “As criaturas não nascem com desejos, a menos que exista satisfação para eles. Um bebê sente fome:bem, existe uma coisa chamada comida. Um patinho quer nadar: bem, existe uma coisa chamada água. [...] Se eu encontrar em mim mesmo um desejo que nenhuma experiência neste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui feito para outro mundo”.
Acrescenta Ed René Kivitz: “Algumas pessoas retrucariam:
- Eu não sou tão infeliz como você está sugerindo.

Acredito. Na verdade, conheço muitas pessoas assim. Mas não invejo suas vidas. E desconfio que nem mesmo elas se orgulham da vida que têm, pois se a infelicidade não as descreve, também não é fácil encontrar uma palavra que o faça. Têm vidas amorfas, vazias, e obedecem à mesmice da navegação de um marujo que não sabe para onde vai, que teme chegar a algum lugar indesejável e que cruza os dedos fazendo figa para que o acaso lhe reserve boa ventura. Vidas sonolentas, que se arrastam em meio a rotinas enfadonhas. Gente que vive à espera da sexta-feira e que se arrepia quando a luz do quarto se apaga no domingo à noite, sem que nada interessante tenha acontecido no final de semana”. – Ed René Kivitz, Vivendo Com Propósitos, pp. 22-23.

Escrevi e publiquei um livro sobre isso (A Ilusão de Avatar ou a Realidade do Céu?) onde procurei reunir o que existe de mais profundo, belo e sublime sobre o Céu e este nosso desejo fremente e nem sempre atendido de saciar a nossa fome do Pão Celestial – que é Jesus. Eu creio, como diz a minha escritora favorita, a Sra. Ellen White, que este anseio e desejo ardente por algo melhor – a saudade transcendental pelo nosso Lar Eterno – seja mais uma das inúmeras dádivas preciosas que o nosso Pai Celestial nos concedeu.

Pense bem: Se não fosse assim, o(s) filho(s) pródigo(s) jamais sentiriam vontade de voltar para o lar e, consequentemente, morreriam na miséria e inanição espirituais: “Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai [lembre-se sempre disto: É uma questão íntima, pessoal... Trata-se de um assunto a ser tratado entre “Pai” e “filho”, e não entre estranhos... Jesus deixou isso claro: “O Pai nosso, que estás nos Céus...” Quer dizer, saia da pocilga das drogas! Saia da pocilga do adultério e do sexo ilícito! Saia da pocilga desta vida ridícula, sem sentido, de buscar baladas e festinhas – de uma para outra! Saia com confiança e poder e, em nome de Jesus, corra para os braços do nosso Pai!!!], e lhe direi: Pai, pequei contra o Céu e diante de Ti [...]* E, levantando-se, foi para seu pai. Vinha ele ainda longe, quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou” (Lucas 15:18-20).   
    
Você conhece o resto da História...

- Elizeu C. Lira – Alguém que se sente neste mundo como “um peixe fora da água”...
* Sabe por que eu suprimi o restante do discurso ensaiado do Filho Pródigo? Pelo motivo que Deus o suprimiu (Lucas Lucas 15:21-24); é que Deus não espera e nem deseja discursos ensaiados ou desculpas – “cheias” ou “vazias”. Ele não espera por desculpas. Ele espera ansiosamente por você. Ele não quer explicações ou justificativas. Ele quer você. A sua companhia (Ele sente saudades de você). O seu coração. Foi compreendendo isso, é que eu voltei – e continuando voltando, caminhando para lá a cada dia – para a Casa Paterna, “meu irmão, meu igual, meu companheiro!”

Recomeçava o nosso tormento...



Elisvam – Obreiro Bíblico de Moraes de Almeida e Amilton, primeiro-ancião da igreja local


Moraes de Almeida: Mais uma prova de que “As aparências enganam!” A cidade (povoado) é rica pra caramba!!!


Irmão Eurípedes, dono da maior loja de materiais de construção da cidade: Simpatia de pessoa!


Pastor Lira, “Miguelito” e o irmão Eurípedes (ao centro).


O querido irmão Edvino Ritter, de Caracol-PA

 
 Irmão Edvino e Miguel, em frente à igreja de Caracol-PA


Entrada de Caracol


Vista de Caracol: Povo amigo e hospitaleiro


Vista de Caracol (e, por favor, não me pergunte como é que se chama quem nasce em Caracol...)

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